Os mórmons são politeístas - acreditam em muitos deuses?


Não há dúvida sobre isso. Somos monoteístas! Todas as nossas escrituras ensinam que devemos adorar unicamente Deus. No Livro de Mórmon, por exemplo, lemos que o povo do Senhor deveria “servir a Ele, o verdadeiro e único Deus, ou seriam varridos quando sobre eles caísse a plenitude de sua ira” (Éter 2:8).



Outras escrituras também ensinam a mesma coisa (João 17:3, Romanos 16:27, Judas 1:25, D&C 20:19, Moisés 1:20).

Deus é o único Ser Supremo e Absoluto em quem cremos e a quem adoramos. Ele é, como ensinou o Profeta Joseph Smith, “o Grande Pai do universo”, e Ele “contempla toda a família humana com cuidado, carinho e atenção paternos” (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, 2007, p. 42).

Mas os mórmons não acreditam que a Trindade - Deus, Jesus e o Espírito Santo - são seres distintos, embora unidos em propósito? Sim, nós cremos nisso. No batismo de Cristo, o Salvador estava na água, o Pai dizia do céu: “este é meu Filho Amado” e o Espírito desceu no sinal da pomba - a distinção fica bem evidente. Não eram o mesmo ser.

Cremos que Deus, o Pai, a quem adoramos, enviou seu Filho Perfeito, feito à Sua Semelhança - e que Ele é o Deus de Israel. Cremos que o Espírito Santo também possui atributos da divindade, por isso é chamado de “Espírito de Deus” (Êxodo 35:31, Jó 33:4, Romanos 15:19, D&C 46:11). Teremos um artigo falando sobre a Trindade.

Elder Jeffrey R. Holland, que é um apóstolo, disse:
"Reconhecer a prova das escrituras de que os membros da Trindade, perfeitamente unidos em todos os outros sentidos, são, não obstante, seres separados e distintos não nos torna culpados de politeísmo. Trata-se, sim, de parte da grande revelação que Jesus veio conceder-nos sobre a natureza de seres divinos. Talvez o Apóstolo Paulo tenha-se expressado melhor, ao dizer: “Cristo Jesus (…) sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus" (Filipenses 2:5-6, ““O Único Deus Verdadeiro, e Jesus Cristo, a Quem [Ele Enviou]”, Élder Jeffrey R. Holland, ConfeRência Geral Outubro de 2007).
Mas os mórmons não acreditam que podem se tornar deuses? Cremos que somos literalmente filhos de Deus e que, por meio de Cristo, podemos receber a Vida Eterna, o maior dom de Deus - e que a Vida Eterna abre a possibilidade de nos tornamos semelhantes a Deus. De fato, cremos no que Pedro ensinou - sobre nos tornar participantes da natureza divina (2 Pedro 1:4). Mas isso também exige mais explicações - e se você quer saber mais clique aqui. Por ora afirmo que a crença de que podemos nos tornar semelhante ao Pai não nos faz politeístas.

Na realidade, essas palavras monoteísmo, politeísmo, henoteísmo (acreditar em um único Deus, sem negar a existência de outros) e outras não conseguem expressar corretamente a crença dos mórmons. Muçulmanos e judeus frequentemente acusam os cristãos de não serem monoteístas por acreditarem na Trindade (I João 4:13-16, 5:7). Mas o monoteísmo, conforme entendido hoje, comporta a Trindade, já que o Supremo Senhor Deus é o único a ser adorado. O fato é que os membros da Igreja Mórmon (e os mórmons são cristãos) não adoram um panteão de deuses. Somos ordenados a orar e servir unicamente à Deus, o Pai, em nome de Cristo (2 Néfi 32:9, Jacó 4:5, Morôni 3:2, 1 Pedro 4:14). Isso nos qualifica como perfeitos monoteístas!

Também cremos no segundo mandamento de não adorar falsos deuses e ter ídolos (Êxodo 20:3-6).
Adoramos ao Salvador Jesus Cristo - e nisso honramos ao Pai, que é o Senhor do Universo. Adorar ao Filho é o mesmo que adorar ao Pai. Isso geralmente não é confuso a qualquer cristão, pois o Filho veio em nome do Pai (João 5:43) e glorificou o Pai (D&C 76:43) - e dá toda honra e glória à Ele (João 5:23, Filipenses 2:11). E vamos ao Pai somente por meio de Cristo (João 14:6).

Como o Élder Bruce R. McConkie, que foi um apóstolo, escreveu:
“No sentido mais importante da palavra, há apenas um Deus vivo e verdadeiro. Ele é o Pai, o Todo-Poderoso Eloim, o Ser Supremo, o Criador e Soberano do universo”. (A New Witness for the Articles of Faith [Uma Nova Testemunha para as Regras de Fé], 1985, pg. 51)

Saiba mais:

O Único Deus Verdadeiro, e Jesus Cristo, a Quem [Ele Enviou]” - Elder Jeffrey R. Holland - Conferência Geral outubro de 2007

"Das Coisas Que Sei" - Presidente Gordon B. Hinckley - Conferência Geral abril de 2007


Adendo

A crença na exaltação torna os santos dos últimos dias politeístas?

"Para alguns observadores, a doutrina de que os homens devem se esforçar para alcançar a divindade pode nos fazer lembrar de templos romanos que lembravam as competições entre os deuses. Tais imagens não são compatíveis com a doutrina dos santos dos últimos dias. Os santos dos últimos dias acreditam que os filhos de Deus vão sempre adorá-Lo. Nosso progresso nunca mudará Sua identidade como nosso Pai e nosso Deus. Na verdade, nosso relacionamento eterno e exaltado com Ele será parte da “plenitude da alegria” que Ele deseja para nós.

Os santos dos últimos dias também acreditam firmemente na união fundamental do divino. Eles acreditam que Deus o Pai, Jesus Cristo, o Filho e o Espírito Santo, seres embora distintos, são unidos em propósito e doutrina.47 É por esse prisma que santos dos últimos dias compreendem a oração de Jesus por seus discípulos através dos tempos: “Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós.”

Se os homens não viverem em harmonia com a bondade de Deus, eles não poderão progredir para a glória de Deus. Joseph Smith ensinou que “os poderes do céu não podem ser controlados nem exercidos a não ser de acordo com os princípios da retidão”. Quando os homens abandonam os propósitos e os padrões altruístas de Deus, “os céus se afastam [e] o Espírito do senhor se magoa”. O orgulho é incompatível com o progresso; desunião é impossível entre seres exaltados."

"Tornar-se como Deus", Tópicos do Evangelho

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