O que é a Primeira Visão?

A Primeira Visão é o nome que damos a teofania (essa palavra significa visão celestial, visão de seres espirituais, visão de Deus), que Joseph Smith teve, ao perguntar a Deus qual de todas as igrejas de sua época eram verdadeiras.



Joseph Smith era um rapaz do interior dos Estados Unidos,  no começo do século XIX, que começou a refletir sobre questões muito importantes, devido a um grande fervor religioso em sua época. Ele disse:
“Durante esses dias de grande alvoroço, minha mente foi levada a sérias reflexões e grande inquietação; mas embora os meus sentimentos fossem profundos e muitas vezes pungentes, ainda assim me conservei afastado de todos esses grupos, embora assistisse às suas diversas reuniões tão frequentemente quanto a ocasião me permitisse. (...) Tão grandes eram a confusão e a contenda entre as diferentes denominações, que para alguém jovem como eu, tão inexperiente em relação aos homens e às coisas, era impossível chegar a qualquer conclusão definitiva acerca de quem estava certo e de quem estava errado.”
Em meio a essa guerra de palavras e divergência de opiniões, muitas vezes disse a mim mesmo: Que deve ser feito? Quem, dentre todos esses grupos está certo, ou estão todos igualmente errados? Se algum deles é correto, qual é, e como poderei sabê-lo?
Devido a sua “inquietação extrema causada pelas controvérsias desses grupos de religiosos”, ele começou a estudar a Bíblia. Um dia leu Tiago 1:5:
“E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada.”
Ele disse:
“Jamais uma passagem de escritura penetrou com mais poder no coração de um homem do que essa, naquele momento, no meu. Pareceu entrar com grande força em cada fibra de meu coração. Refleti repetidamente sobre ela, tendo consciência de que se alguém necessitava da sabedoria de Deus, era eu, pois eu não sabia como agir e, a menos que conseguisse obter mais sabedoria do que a que tinha então, nunca saberia; pois os religiosos das diferentes seitas interpretavam as mesmas passagens de escritura de maneira tão diferente, que destruíam toda a confiança na solução do problema através de uma consulta à Bíblia.”
Joseph decidiu perguntar a Deus, e foi o que ele fez. Numa bela manhã de primavera, ele foi sozinho a um bosque, e ofertou um coração sincero. Todavia, antes que ele conseguisse expressar-se adequadamente apoderou dele “uma força” que o dominou por completo:
“...e tão assombrosa foi sua influência que se me travou a língua, de modo que eu não podia falar. Uma densa escuridão formou-se ao meu redor e pareceu-me, por um momento, que eu estava condenado a uma destruição súbita.”
Entretanto, ele contou, “usando todas as forças para clamar a Deus que me livrasse do poder desse inimigo que me subjugara, no momento exato em que estava prestes a sucumbir ao desespero e abandonar-me à destruição” viu um pilar de luz, acima de sua cabeça, mais brilhante que o sol, que descia gradualmente sobre ele.

A força maligna o abandonou e ele viu dois Personagens cujo esplendor e glória desafiam qualquer descrição, pairando no ar, acima dele. E um deles falou chamou Joseph pelo nome e disse, apontando para o outro:
“Este é Meu Filho Amado. Ouve-O!”
Joseph recebeu a resposta que almejava. A Igreja verdadeira havia sido removida da Terra, e uma restauração completa era necessária. Joseph não devia se unir a nenhuma igreja, mas aguardar mais instruções.

Aqueles dois personagens eram Deus, o Pai e Jesus Cristo ressurreto. Tal visão é incrível em todos os aspectos, mas é verdadeira. Nela aprendemos que Deus responde as orações, que Ele nos conhece pelo nome, que Ele e Cristo são seres separados, embora unidos em propósito. Aprendemos ainda que a Igreja verdadeira não estava na Terra, mas que seria restaurada.

Muitos profetas do passado viram Deus, como abordaremos mas profundamente, num outro momento. Mas a Primeira Visão é peculiar, pois inaugura a última e grande dispensação - que antecede a Segunda Vinda do Salvador.

Quando Joseph Smith contou sobre sua visão, as pessoas zombaram dele. Começaram a persegui-lo. Ele conta que apesar da tristeza causada pela perseguição, ele não podia mentir:
“Era um fato ter tido eu uma visão. Tenho pensado que me sentia como Paulo, quando apresentou sua defesa perante o rei Agripa e relatou a visão que tivera, quando viu uma luz e ouviu uma voz; mas poucos foram também os que acreditaram nele; alguns disseram que ele era desonesto, outros, que estava louco; e foi ridicularizado e injuriado. Tudo isso, porém, não destruiu a realidade da visão. (...)
Assim era comigo. Tinha realmente visto uma luz e, no meio dessa luz, dois Personagens; e eles realmente falaram comigo; e embora eu fosse odiado e perseguido por dizer que tivera uma visão, isso era verdade”
Eu sei que Joseph Smith realmente viu o que disse que viu. Eu não estava no bosque com ele, há 200 anos atrás. Mas eu sei, da mesma maneira que ele soube - eu orei a Deus e senti que isso é verdade. Convido vocês a lerem as palavras do Profeta - sim, pois Joseph foi sendo preparado pelo Senhor e tornou-se um profeta. E depois, perguntarem a Deus se não é verdade. Se forem sinceros, vocês saberão.

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As citações deste artigo se encontram na Pérola de Grande Valor em Joseph Smith - História


Confira o vídeo:



Leia também:


"O Testemunho do Profeta Joseph Smith"

"Os frutos da Primeira Visão" - Conferência Geral abril de 2005 - Élder Dieter F. Uchtdorf

"A primeira Visão - chave para a verdade" - Devocional Mundial para Jovens Adultos - A Liahona Junho de 2017 - Élder Richard J. Maynes


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